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27 de fevereiro de 2010

Sismo no Chile


Um forte tremor de terra provocou pelo menos 124 mortes no Chile e originou um alerta de tsunami no Oceano Pacífico nesta madrugada. O abalo, que atingiu 8,8 na escala de Richter, foi sentido durante cerca de um minuto quando eram 03h34 no país sul-americano (06h34 em Portugal Continental).Segundo os primeiros relatos, vários edifícios ruíram, houve cortes de energia e foram confirmadas 124 mortes, prevendo-se que o número oficial de vítimas vá disparar durante este sábado.





A costa do Chile é um local onde são relativamente frequentes fortes sismos porque a zona é atravessada pela divisão de duas placas tectónicas; a placa de Nazca e a placa Sul-Americana.





Reflexão:

Mais uma vez o ser humano sofreu com o poder das forças da Natureza. Todos estes acontecimentos provam que o nosso planeta não está parado, inactivo. Muito pelo contrário. A Terra está a "acordar".

http://jn.sapo.pt/paginainicial/

25 de fevereiro de 2010

Mini tornado em Portimão


Um mini tornado registado na terça-feira à noite na zona costeira de Portimão provocou vários estragos, derrubou árvores e postes de electricidade, mas não fez qualquer vítima.
A zona mais afectada, foi a Praia do Vau, onde telhados, esplanadas e montras de quatro restaurantes da praia ficaram parcialmente destruídos, devido ao vento forte que se fez sentir por volta das 22h44.




Reflexão:

Tal como disse no artigo anterior sobre a Madeira, a Natureza está a "queixar-se" do que lhe estamos a fazer. Não devemos pensar que as desgraças acontecem apenas aos outros. O mau tempo está cada vez mais proximo, já chegou ao nosso país, ao nosso povo. Está na altura de protegermos a nossa vida, protegendo o nosso planeta!

http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=1503010

24 de fevereiro de 2010

Mau tempo na Madeira


Fortes chuvas abateram-se sobre a ilha, causando inundações, derrocadas, deslizamentos de terras, danos em habitações, em terrenos agrícolas e em alguns automóveis e quedas de árvores, fazendo encerrar cerca de 16 estradas regionais. As más condições atmosféricas provocaram igualmente cancelamentos, atrasos e desvios de voos que não puderam aterrar no aeroporto internacional da Madeira.



Reflexão:

Esta notícia é a "prova" de que o poder da Natureza é infinito. Nós, os seres humanos, que nos julgamos os seres superiores, somos apenas marionetas. Perante esta catástrofe, não devemos pensar que a vida é injusta. Pelo contrário, devemos "usá-la" como exemplo, já que o homem está a sofrer as consequências dos seus actos. É o homem que, com a sua ganância, constrói um abismo entre ele e o mundo, criando um desiquilíbrio no nosso planeta. Por isso, na minha opinião, isto é um aviso para algo mais grave que pode acontecer.

21 de fevereiro de 2010

Propriedades químicas dos minerais


A maioria das espécies minerais é constituída por dois ou mais elementos que se combinam entre si, de acordo com as suas afinidades químicas. Os minerais constituídos apenas por um elemento químico – elementos nativos – são raros. Estão neste caso o ouro, a prata, o diamante, o enxofre e o cobre.




A classificação de Dana e Hurlbut, de 1960, divide os minerais em oito grupos, de acordo com o anião dominante. O quadro abaixo esquematiza esta classificação evidenciando, ainda, a percentagem de espécies por grupo e a sua abundância na crosta terrestre.




Testes químicos que podem ser realizados para identificar os minerais.


  • Teste do sabor salgado para a determinação da presença da halite (NaCl).


  • Teste da efervescência pelo contacto com um ácido. Por exemplo, carbonatos como a calcite reagem com os ácidos libertando CO2, o que provoca efervescência. Este fenómeno ocorre a frio em determinados minerais e a quente noutros.

  • Teste do cheiro – por exemplo, o argilito e argilas cheiram a barro quando bafejados.




Reflexão:

Depois de determinadas as propriedades fisicas e quimicas dos minerais, podemos fazer a sua identificação utilizando chaves dicotómicas ou consultando tabelas, em que estão registadas as principais características dos diferentes minerais. Existem também programas de software que permitem a identificação de minerais, considerando as suas propriedades.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral

20 de fevereiro de 2010

Propriedades físicas dos minerais


Cor dos minerais



A cor de um mineral deve ser observada numa superfície de fractura recente, à luz natural. A cor depende da absorção, pelos minerais, de certos comprimentos de onda do espectro solar quando este incide sobre eles.


Há minerais que apresentam sempre a mesma cor, qualquer que seja a amostra observada – minerais idiocromáticos – enquanto que outros, como o quartzo, podem apresentar diversas cores – minerais alocromáticos.
A propriedade alocromática de alguns minerais deve-se à presença de elementos estranhos à sua composição.



Fig. 1 - Minerais com cor constante (idiocromáticos)




Fig. 2 - Mineral com cor variável, ou seja, não constante (alocromático).


Brilho


É o modo como o mineral reflecte a luz natural em superfícies não alteradas. É hábito considerar dois tipos de brilho: metálico e não metálico.


Por vezes usa-se o termo submetálico para designar o brilho de alguns minerais que têm brilho semelhante ao metálico, mas menos intenso.



Traço ou risca


O traço ou risca é a cor que um mineral apresenta quando reduzido a pó. Obtém-se normalmente por fricção sobre uma porcelana fosca que é muito dura. Em regra os minerais alocromáticos têm risca clara ou incolor e os minerais idiocromáticos não metálicos têm risca igual à sua cor; se forem minerais de brilho metálico a risca tende a ser negra. Esta propriedade é importante pois, mesmo que a cor do mineral varie, a risca, normalmente, mantém-se constante, podendo em certos casos, ser diferente da própria cor do mineral (ex. hematite).




Dureza


A dureza (H) de um mineral é a resistência que ele oferece ao ser riscado por outro. A escala de dureza mais utilizada é a escala de Mohs, constituída por 10 termos.


A dureza de um mineral é igual à do mineral da escala, se se riscam mutuamente. Se o mineral em causa riscar determinado termo e não riscar o imediatamente a seguir, então a sua dureza estará compreendida entre os dois termos.




Clivagem


A clivagem é uma propriedade física de um mineral que consiste em dividi-lo, por aplicação de uma força, segundo superfícies planas e brilhantes, de direcções bem definidas e constantes.


Os planos de clivagem correspondem a superfícies de fraqueza da estrutura cristalina dos minerais, daí que se possa afirmar que esta propriedade é uma consequência directa da geometria da malha espacial e das forças de ligação química.


Alguns minerais apresentam clivagem fácil como, por exemplo, a calcite e as micas; outros dificilmente a manifestam.





Densidade


A densidade (d) de um mineral depende da sua estrutura cristalina, nomeadamente da natureza dos seus constituintes e do seu arranjo, mais ou menos compacto.



Reflexão:

Estas características ajudam-nos a identificar os minerais e a classificá-los, mediante vários critérios. Estes dados têm um papel fundamental para uma melhor compreensão do Planeta Terra, mais especificamente da sua crusta.

http://www.netxplica.com/


19 de fevereiro de 2010

Minerais


Minerais: são definidos como substâncias sólidas, inorgânicas, de formação natural, com composição que tanto pode ser fixa como variável em determinada amplitude e segundo uma estrutura atómica característica.





A composição característica e a estrutura atómica de um mineral são dadas pelas propriedades físicas, como forma cristalina, cor e brilho. Para identificar os minerais, é importante verificar o modo pelo qual os cristais são formados e definidos.







Mineralóides: São substâncias que por não serem inorgânicas ou homogéneas, cristalizadas ou naturais não são minerais.




O âmbar, a opala e o petróleo são alguns exemplos de mineralóides.

Reflexão:

Os minerais apresentam estruturas bastante peculiares porque podem ter a mesma composição química e serem minerais bastante diferentes. Isto deve-se à forma como estão organizados. Um exemplo desta situação é a grafite e o diamante.

18 de fevereiro de 2010

Barragem das três gargantas

A barragem das Três Gargantas é a maior central hidro-eléctrica do mundo. Situa-se no maior rio da China, o rio Yangtzé e a sua construção terminou em 2006.





A Barragem tem como funções, a prevenção de cheias, a geração de energia e facilitar o transporte fluvial, por isso ela desempenha um papel muito importante no desenvolvimento socioeconómico da China.





Participaram na sua construção 26 mil pessoas.







A subida do nível das águas na barragem das Três Gargantas causou dezenas de derrocadas, provocando danos em habitações, terrenos agrícolas e infra estruturas. Foram evacuadas cerca de mil pessoas e os prejuízos foram calculados em milhões de dólares. A gigantesca barragem, com um paredão com mais de dois quilómetros de comprimento, foi construída com o objectivo de regular o caudal do rio Yangtzé e fornecer energia. No entanto, para além dos enormes impactos ambientais e locais causados pela sua construção, a subida do nível das águas nesta albufeira está erodir rapidamente as suas frágeis margens.



Reflexão:

As barragens podem ser uma solução para aproveitamento de água mas é um problema para os ecossistemas fluviais que ,por exemplo, na limitação dos fluxos migratórios de algumas espécies. As cheias acontecem diariamente com a construção de leitos de cheia aumenta este risco.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrel%C3%A9trica_de_Tr%C3%AAs_Gargantas

17 de fevereiro de 2010

Zonas de vertente


As zonas de vertente são zonas de instabilidade geomorfológica, o que implica que os materiais geológicos situados nas zonas superiores tendam a ser mobilizados para zonas inferiores.



Estes movimentos devem-se à força tangencial da gravidade e a sua velocidade pode variar de muito pequena e imperceptível até movimentos extremamente rápidos, arrastando grandes volumes de sedimentos que, durante o seu transporte, arrastam construções e edifícios, provocando elevados prejuízos humanos e materiais.



Factores naturais que favorecem os movimentos em massa:


  • Força da gravidade: importante no movimento descendente das partículas;


  • Inclinação da vertente: quanto maior a inclinação, maior a probabilidade de movimentos em massa;


  • Características da rocha: a água diminui o atrito entre as partículas, facilitando a sua desagregação. A quantidade de água nos terrenos é influenciada pela pluviosidade, mas também pela rega.





Alguns factores podem conduzir, directamente, aos movimentos em massa – factores desencadeantes. A pluviosidade, as tempestades, a sismicidade e a acção do Homem, são exemplos destes factores.



Acções que favorecem o risco geológico nestas zonas:


- Precipitação elevada: a água que se infiltra no solo, devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite manter um certo grau de coesão entre as partículas. No entanto, se a concentração de água for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A tensão exercida pela água é tal que leva a que as partículas desse solo se afastem (menor força de atrito), criando situações de instabilidade provocando o movimento de materiais ao longo dessa vertente;




- Acção antrópica:

  • Destruição da cobertura vegetal – as raízes das árvores reforçam a coesão do solo e aumentam a força de atrito que contraria o deslizamento pela gravidade;

  • Remoção de terrenos para a construção de estradas e habitações – expõe as vertentes aos factores ambientais ou interrompe as linhas de água, aumentando risco de movimentos;

  • Regra excessiva na agricultura – a saturação de água dos solos facilita o seu deslizamento.



- Ocorrência de sismos e vibrações: faz com que as formações rochosas fiquem mais instáveis sofrendo derrocada;




- Tempestades nas zonas costeiras: provocam a queda de blocos, geralmente de grandes dimensões;


- Variações de temperatura:
levam à contracção e dilatação dos materiais rochosos.



Medidas para minimizar o risco geológico nestas zonas:


  • Elaboração de cartas de risco geológico, de acordo com a probabilidade de movimentos em massa;


  • Execução de medidas de ordenamento que considerem as cartas de risco geológico;


  • Implementação de mecanismos de contenção para os materiais geológicos (florestação de vertentes, muros de suporte, redes de contenção e pregagens) e de drenagem (permite escoar a água que satura os solos).




Reflexão:

As zonas de vertente são outro local com risco geológico associado. O homem insiste em construir nesses locais, porque podem usufruir de melhores paisagens. Esquece-se é que para além de estar a prejudicar o ambiente, está a criar as condições propícias para ter danos materiais ou mesmo a perda de vidas humanas. Assim, conclui-se que a ocupação antrópica do meio natural exige que se conheça a composição e as estruturas geológicas da área ocupada e ter parâmetros de previsão segura do comportamento dos materiais geológicos envolvidos. Salienta-se que a melhor solução é não construir em vertentes, nem em orlas costeiras ou leitos de cheia de rios. A Geologia assume assim um papel fundamental, ao fornecer informações preciosas sobre os materiais e os processos e os seu comportamento quando sujeitos a interacção humana.

http://www.netxplica.com/

16 de fevereiro de 2010

Zonas costeiras


As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica causada pelo mar.


Importância das dunas litorais:
  • Impedem, naturalmente, o avanço das águas do mar para o interior dos continentes. Constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.




Abrasão marinha: Erosão provocada pelo constante rebentamento das ondas, carregadas de partículas contra as rochas, funcionando como verdadeiras lixas.





Consequências da abrasão marinha:


  • Modelação de formas como as cavernas, os leixões, os arcos litorais e as plataformas de abrasão (superfície aplanada e irregular situada na base da arriba, entre marés, onde se depositam detritos rochosos caídas da arriba).



Formas de deposição:


Os materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios vão-se depositar originando as praias, restingas, ilhas-barreiras ou tômbolos. Nas praias com acumulações predominantemente de areias de grão fino e grosso, o movimento oscilatório das ondas marinhas provoca como que ondulação dos materiais arenosos. As praias são constituídas por acumulação de materiais transportados pelo mar, resultando de uma interacção entre a litologia, a forma da costa e a dinâmica das ondas.





Podemos ainda observar as dunas litorais nas Alinhar à esquerdapraias, resultantes da acumulação de sedimentos de variados tamanhos e formas. As dunas são um elemento importante pois impedem o avanço do mar para o interior e constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.


Evolução do litoral:


A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.



Causas naturais:


  • Alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;


  • Alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);


  • Deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.



Causas antrópicas:


  • O excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;


  • Construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;


  • Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;


  • Destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extracção de inertes, entre outros.






A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.





Medidas de protecção:


  • Construção de estruturas transversais (esporões) ou paralelas à linha de costa (paredões);



  • Outras obras de engenharia comuns são os quebra-mares, molhes e enrocamentos. Para além de dispendiosas revelam-se. Em regra, perigosas e nefastas para o litoral;


  • Alimentação artificial em sedimentos em determinadas praias;


  • Embora cara, é uma solução mais económica e menos agressiva do que as obras de engenharia.



Ordenamento do litoral:

Em Portugal têm sido implementados planos de ordenamento da orla costeira de forma a diminuir o risco de perdas humanas e materiais. A costa algarvia e a costa do Norte são as zonas mais preocupantes.







Reflexão:

A situação da costa portuguesa é preocupante, nomeadamente no Algarve e no Norte de Portugal. O nosso país tem das melhores legislações a nível de combate aos problemas de ocupação antrópica. No entanto, os interesses sobrepõem-se a qualidade ambiental das regiões.
Assim, vê-se a construção de casas em arribas com um risco de derrocada iminente, outras habitações em dunas e depois a engenharia tenta colmatar as consequências destas atitudes e cria problemas que, por vezes, ainda são maiores. Acabando por afectar outros locais, deste modo, há a necessidade de intervenção e entra-se num ciclo vicioso que não parece ter fim.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_costeira

15 de fevereiro de 2010

Bacias hidrográficas


A topografia de uma região, o clima e a força da gravidade são as principais condicionantes do trajecto dos cursos de água. A região em que a água das chuvas contribui para alimentar um rio constitui a bacia hidrográfica e os rios que a ocupam constituem a rede hidrográfica (conjunto de todos os cursos de água, mais ou menos organizado).






A água de precipitação, que cai na bacia hidrográfica, é recolhida pela rede hidrográfica, que a transporta de uns rios para outros até chegar ao rio principal, que a conduzirá ao mar. Há rios que transportam água todo o ano e possuem um caudal abundante, enquanto outros só têm água depois da época das chuvas, são os chamados rios sazonais.Os rios modelam a paisagem criando formas de relevo muito diferentes na superfície que atravessam.


No seu percurso, desde a nascente até à foz, o rio desenvolve um trabalho de desgaste dos terrenos por onde passa, de transporte dos materiais arrancados e de acumulação desses materiais em planícies aluviais. Este processo designa-se por erosão fluvial.


Os cursos de água tendem a correr em espaços mais ou menos bem determinados, que se designam por leitos. Os limites laterais do rio designam-se por margens e relacionam-se com o leito aparente. Tendo em consideração as características topográficas e a variação sazonal dos caudais, nos cursos de água das regiões temperadas podem distinguir-se, normalmente, várias secções ou leitos.






Na fase inicial ou no curso superior, os rios correm geralmente entre montanhas, o declive dos terrenos é muito acentuado e a força das águas é muito significativa. O desgaste na vertical é acentuado e os vales apresentam vertentes abruptas, os vales são em V fechado, nesta fase podem surgir cataratas e rápidos.


No curso médio, o declive do terreno não é tão acentuado, o desgaste faz-se na horizontal, alargando o leito do rio, formam-se vales mais abertos. Na fase final, no curso inferior, o rio perde velocidade e dá-se a deposição dos materiais (aluviões) que o rio transportou durante o seu percurso. Formam-se vales em caleira e as planícies aluviais. Quando o rio atravessa uma planície pode desenvolver curvas chamadas meandros. Estes surgem porque o rio desgasta as margens côncavas e acumula nas margens convexas.






Os deltas formam-se geralmente em locais onde as marés e as correntes marinhas têm pouca força. A escassa força das águas do mar faz com que a corrente vá depositando os aluviões junto à foz, construindo um depósito de sedimentos de forma triangular.






Os estuários formam-se em locais onde a força das marés e das correntes marítimas é intensa. A água arrasta os aluviões até zonas muito afastadas da foz e deposita-os no fundo do oceano. Como o estuário comunica abertamente com o mar ou com o oceano, produz-se nessas zonas uma mistura de águas e de sedimentos tornando-as ricas biologicamente.





É no troço terminal que se desenvolvem, em rios mais evoluídos, extensas planícies formadas pela acumulação de sedimentos depositados nesses rios ao longo da sua existência. Essas superfícies designam-se por planícies de inundação, porque se formam precisamente pela inundação das áreas correspondentes, devido ao transbordo das águas fluviais e consequente deposição de sedimentos.


As planícies de inundação definem um leito maior, de cheia, em contraste com um leito menor, normal, delimitado pelas margens habituais. Define-se, na estação seca, um leito de estiagem, quando a falta de água faz emergir os sedimentos do leito menor.





Reflexão:

Os rios são correntes de águas superficiais cuja velocidade e área que cobrem (leito) variam com o regime das chuvas. O leito de cheia ocorre em situações de forte precipitação.

O rio principal com os seus afluentes e subafluentes formam a rede hidrográfica e a área drenada por esta rede constitui a bacia hidrográfica.

A actividade geológica de um rio compreende: a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos. A acção erosiva é maior junto à nascente, onde os desníveis são maiores e o fluxo da água é maior. O transporte ocorre ao longo de todo o perfil longitudinal. A deposição acontece em maior escala em troços de menor energia das águas normalmente junto à foz.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_hidrogr%C3%A1fica

5 de fevereiro de 2010

Proposta de resolução de "Sistemática dos seres vivos"


1.1- As classificações filogenéticas dizem-se verticais porque a distribuição dos organismos pelas diferentes categorias taxonómicas tem em conta o factor tempo e as relações de parentesco entre os grupos.


1.2- A- Género; B- Família; C- Ordem.


1.3- Os géneros mais relacionados são Mephitis e Lutra porque pertencem à mesma família e divergiram há menos tempo de um ancestral comum do que quaisquer dos outros géneros representados.


1.4- É a espécie Panthera pardus, que divergiu mais cedo a partir de um ancestral comum, do que qualquer uma das outras quatro espécies.


1.5- C e D.


2.1.1-
Opção C.


2.1.2- Opção A.


2.2- 1-A; 2-B; 3-D; 4-A; 5-C; 6-B; 7-A; 8-C.


2.3- A classe Musci, , dado que divergiu a partir do ancestral comum mais cedo do que qualquer uma das outras 3 classes.


Reflexão:

Este artigo é a nossa resolução da ficha publicada anteriormente. Nas perguntas abertas, é apenas uma sugestão, já que existem inúmeras formas de responder correctamente.

http://www.netxplica.com/manual.virtual/biologia11/7.2.sistematica.seres.vivos.html

4 de fevereiro de 2010

Ficha de trabalho sobre a Sistemática dos seres vivos


1
- A figura representa uma árvore filogenética de um taxon de animais.






1.1- Indica 2 razões que permitem afirmar que as classificações filogenéticas são verticais.



1.2- Identifica os taxa cuja designação foi substituída pelas letras A, B e C.



1.3- Refere, justificando, os dois géneros representados que são mais relacionados.



1.4- Indica, justificando, a espécie representada com menos afinidade com as outras.



1.5- De acordo com a figura, as semelhanças entre o lobo e o cão podem ser explicadas por:
(transcreve as letras correspondentes às opções correctas)

A- evolução convergente;

B- evolução divergente, a partir de um ancestral comum muito afastado no tempo;

C- evolução divergente, a partir de um ancestral comum recente;

D- existência de homologias;

E- existência de analogias.



2- Possivelmente, há mais de 400 milhões de anos, uma alga, ancestral das plantas, evoluiu do ambiente aquático para o ambiente terrestre. A figura representa um sistema de classificação das plantas (NOTA: DIVISÃO = FILO).






2.1- Transcreve a letra correspondente à opção correcta:


2.1.1- A primeira fase da evolução das plantas relaciona-se com a sua origem na Era Primária a partir de ancestrais aquáticos, provavelmente algas verdes:

A- unicelulares;

B- coloniais;

C- multicelulares;

D- procariontes.


2.1.2- Os termos Angiospermae, Gimnospermae, Filicinae e Musci dizem respeito a:

A-Classes;

B-Ordens;

C-Famílias;

D- Géneros.


2.2- Estabelece a correspondência entre os números das afirmações e as letras da chave.


CHAVE:

A- Reino Plantae;

B- Divisão Traqueophyta ;

C- Divisão Briophyta;

D- Filicinae e Musci;

E- Filicinae.


1- Ciclos de vida haplodiplontes.

2- Duplo sistema de condução de água e solutos localizado no interior da planta.

3- Reprodução sexuada dependente da água.

4- Possibilidade de reprodução assexuada por multiplicação vegetativa.

5- Menor diferenciação morfológica (menos tecidos especializados).

6-Existência de mecanismos explicados pelas teorias da tensão-coesão-adesão e do fluxo demassa.

7- Mecanismo de abertura e fecho dos estomas dependente do grau de turgescência das células-guarda.

8-O movimento da água efectua-se por osmose e as substâncias dissolvidas movem-se, geralmente, por difusão de célula a célula.



2.3- Refere, justificando, qual dos grupos de plantas representado tem menos afinidade com todos os outros.


Reflexão:

Decidimos publicar esta ficha de trabalho porque nos permite treinar a matéria que temos vindo a aprender, de uma forma bastante práctica.

http://www.netxplica.com/manual.virtual/biologia11/7.2.sistematica.seres.vivos.html

3 de fevereiro de 2010

Evolução dos sistemas de classificação


Há mais de 24 séculos, os seres vivos foram classificados por Aristóteles e por Teofrasto, em dois Reinos: Reino Animal e Reino Vegetal.


Devido ao facto de este tipo de classificação levantar alguns problemas acerca da posição taxonómica de certos organismos, começaram a surgir novas formas de agrupar os seres vivos.


Da classificação em dois reinos evoluiu-se para as classificações em três, quatro e cinco reinos.




  • Século XIX – Haeckel propõe a existência de 3 Reinos: Protista, Plantae e Animalia.


  • Século XX – Copeland propõe a existência de 4 Reinos: Monera, Protista, Plantae e Animalia.




  • 1968 – Whittaker propõe a existência de 5 Reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.

  • 1979 – Whittaker apresenta uma versão modificada do seu sistema de cinco reinos (o Reino Protista, por exemplo, passou também a incluir fungos flagelados, algas unicelulares e multicelulares).






Critérios de Whittaker


Critérios em que se baseia o sistema de classificação de Whittaker em cinco reinos:


  • Organização estrutural;

  • Tipo de nutrição;


  • Interacções nos ecossistemas.


Organização estrutural


- Célula eucariótica ou procariótica;

- Unicelularidade ou multicelularidade.


  • Monera – seres procariontes unicelulares;

  • Protista – seres eucariontes unicelulares;

  • Plantae, fungi e Animalia – seres eucariontes multicelulares.



Interacções nos ecossistemas


  • Monera - Produtores e microconsumidores;


  • Protista - Produtores, macroconsumidores e microconsumidores;


  • Fungi - Microconsumidores;


  • Plantae - Produtores;


  • Animalia - Macroconsumidores.



Interacções alimentares


  • Produtores – seres autotróficos (plantas)

  • Macroconsumidores – seres heterotróficos que ingerem alimento (animais e alguns protistas).

  • Microconsumidores – seres heterotróficos que decompõem matéria orgânica e absorvem produtos (bactérias e fungos).



Numa versão modificada, em 1979, Whittaker passou a incluir no reino protista seres eucariontes unicelulares e alguns seres multicelulares de reduzida diferenciação.



A classificação de Whittaker é uma classificação ecológica e não filogenética.





Reflexão:


Conclui-se que a classificação de organismos é um processo contínuo gradual e susceptível a mudanças. É importante perceber que definir as categorias mais elevadas da classificação (domínios e reinos da vida) é um trabalho em progresso. Devemos, contudo, considerar os grupos taxonómicos e árvores filogenéticas "hipóteses" em que são usados dados disponíveis para traçar a história da vida.

http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/sistclassific.htm

2 de fevereiro de 2010

Sistemática dos seres vivos


A sistemática é a ciência que procura classificar os diversos seres vivos e relacioná-los evolutivamente, expressando-se em sistemas taxonómicos. Para isso, reúne conhecimentos e dados de outras áreas.


A taxonomia, por sua vez, trata da ordenação e denominação dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. A taxonomia pretende separar os organismos por espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra e ordenando as espécies por categorias taxonómicas.


Devido à existência de uma grande diversidade de organismos, houve a necessidade de os classificar, isto é, de os organizar, agrupando-os de acordo com determinadas características, e dando um nome a cada um dos grupos formados.






Sistemas de classificação


  • Classificações prácticas - não fazem uso de características próprias do ser vivo mas das suas características prácticas com interesse para a alimentação e para a economia. É resultado da tentativa erro.


  • Classificações racionais - agrupamentos dos seres vivos de acordo com as características que apresentam.



Classificações racionais


  • Classificações horizontais – não consideram o factor tempo nem a evolução dos organismos, uma vez que surgiram numa época na qual dominavam ideias fixistas.


  • Classificações verticais - dão importância ao tempo, ou seja, à evolução. As semelhanças entre os organismos surgem como consequência da existência de um ancestral comum, a partir do qual os vários grupos foram divergindo ao longo do tempo. O grau de semelhança entre eles está relacionado com o tempo em que ocorreu a divergência. Também são designados por classificações filogenéticas.



Classificações horizontais


  • Classificações artificiais - baseiam-se num número relativamente pequeno de características (cor do sangue, tipo de ovos, número de cavidades do coração, etc.), o que implica que exista um pequeno número de grupos e muito heterogéneos.


  • Classificações naturais – baseiam-se num grande número de características, permitem formar grupos com maior grau de afinidade entre os seres vivos.


Taxonomia – ramo da Biologia que trata da classificação dos seres vivos e da nomenclatura (dar nome) aos grupos formados.



Hierarquia taxonómica - Os grupos hierárquicos (taxa) estabelecidos por Lineu no seu sistema de classificação – Systema Naturae – ainda hoje são usados.


Principais grupos taxonómicos:

  • Reino;

  • Filo;

  • Classe;

  • Ordem;

  • Família;

  • Género;

  • Espécie.


Estas categorias taxonómicas são universais.





Espécie - é a unidade básica da classificação, é constituída por um conjunto de indivíduos que partilham um mesmo fundo genético, que podem cruzar-se entre si e originando descendentes férteis (isolados reprodutivamente dos indivíduos de outras espécies).


Regras do sistema de nomenclatura proposto por Lineu:


  • A designação dos diferentes grupos taxonómicos é feita em latim;


  • Espécies: são designadas por um sistema de nomenclatura binominal, segundo o qual, o nome da Espécie é formado por duas palavras latinas. A primeira palavra é um substantivo escrito com inicial maiúscula (nome do Género a que a Espécie pertence). A segunda palavra é, geralmente, um adjectivo. Escreve-se com inicial minúscula e designa-se restritivo (ou epíteto) específico.


  • Nomenclatura uninominal - a designação dos grupos superiores à espécie consta de uma única palavra (normalmente um substantivo), escrita com inicial maiúscula.


  • O nome das Famílias, nos animais, é obtido acrescentando à raiz do nome do género , "idae" nos animais, e a terminação "acae" , nas plantas.

  • Sempre que uma Espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura trinominal para as designar. Assim, escreve-se normalmente, o nome da Espécie, seguido de um terceiro termo denominado restritivo (ou epíteto) subespecífico.

  • No caso dos nomes específicos e subespecíficos, devem escrever-se com um tipo de letra diferente da do texto corrente, normalmente o itálico. Em manuscritos essas designações devem ser sublinhadas.

  • Nome do taxonomista – à frente da designação específica deve escrever-se, em letra do texto, o nome ou a abreviatura que, pela 1ª vez, a partir de 1758, atribuiu o nome científico.



Reflexão:

Quanto aos grupos taxonómicos pode concluir-se que a categoria mais abrangente, que apresenta maior amplitude, é o reino, pois é aquela mais heterogénea e que engloba muitas espécies. Em oposição, a categoria com menor capacidade de inclusão, mas mais uniforme é a espécie, que constitui a unidade de classificação biológica. A espécie é o único "grupo" que resulta de uma classificação natural.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistem%C3%A1tica