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10 de janeiro de 2010

Darwinismo


Darwinismo -
teoria explicativa da biodiversidade baseada na actuação da selecção natural sobre a variabilidade dos indivíduos.


Darwin - Naturalista inglês, desenvolveu a teoria evolucionista mais credível para explicar a origem das espécies. Recolheu dados ao longo de mais de 20 anos, com destaque para a sua viagem à volta do mundo, a bordo de Beagle, com passagem pelas ilhas Galápagos, que lhe permitiram propor a selecção natural como o mecanismo essencial que dirige a evolução.




De acordo com o Darwinismo, os seres vivos mais aptos sobrevivem e reproduzem-se espalhando na Natureza os caracteres mais favoráveis. Visto que o ambiente não possui os recursos necessários para a sobrevivência de todos os indivíduos, deverá ocorrer uma luta pela sobrevivência durante a qual serão eliminados os menos aptos.




A teoria de Darwin pode ser resumida da seguinte forma:



  • Os indivíduos de uma determinada espécie apresentam variabilidade das suas características (cor, forma, tamanho, etc.);


  • As populações têm tendência a crescer segundo uma progressão geométrica, produzindo mais descendentes do que aqueles que acabam por sobreviver;





  • Entre os indivíduos de uma determinada população estabelece-se uma luta pela sobrevivência, devido à competição pelo alimento, pelo espaço e outros factores ambientais. Assim, em cada geração, um número significativo de indivíduos é eliminado;


  • Alguns indivíduos apresentam características que são favoráveis à sua sobrevivência no meio em que se encontram. Os indivíduos que não apresentarem características vantajosas, resultantes da variação natural, vão sendo progressivamente eliminados. Assim, ao longo de gerações, a Natureza selecciona os indivíduos mais bem adaptados às condições ambientais, ocorrendo a sobrevivência dos mais aptos;




  • Os indivíduos detentores de variações favoráveis e por isso mais bem adaptados, vivem durante mais tempo, reproduzem-se mais e, assim, as suas características são transmitidas à geração seguinte;


  • A reprodução diferencial permite, assim, uma lenta acumulação de determinadas características que, ao fim de várias gerações, conduz ao aparecimento de novas espécies;


  • Darwin nunca conseguiu explicar a razão para as variações das características entre os indivíduos de uma população.



Contributos das diferentes áreas científicas na fundamentação e consolidação do conceito de evolução:



Dados da Anatomia Comparada: Animais aparentemente diferentes apresentam semelhanças anatómicas que sugerem a existência de um ancestral comum, com um plano estrutural idêntico ao apresentado por todos os seres vivos que dele terão derivado.



A Anatomia Comparada tem fornecido dados que apoiam o Evolucionismo, revelando a existência de:



  • Órgãos ou estruturas homólogas: a homologia é interpretada como resultado da selecção natural efectuada sobre indivíduos que conquistaram meios ambientais diferentes.


Ex.: asas dos morcegos e barbatanas das baleias.





  • Órgãos ou estruturas análogas: terão resultado de pressões selectivas idênticas sobre indivíduos de diferentes grupos, que conquistaram meios semelhantes.


Ex.: asas de aves e de insectos.



  • Órgãos ou estruturas vestigiais: são órgãos atrofiados, que não apresentam uma função evidente nem importância fisiológica num determinado grupo de seres vivos.


Ex.:
Vestígios de bacia e pernas nos esqueletos de certas cobras.




Dados da Paleontologia: A Paleontologia estuda os fósseis (partes ou vestígios de seres vivos que viverem em épocas geológicas diferentes). A grande maioria dos seres vivos, quando morre, não sofre fossilização. Este processo só ocorre em condições excepcionais.





Deste modo, a Paleontologia depara-se com diversas limitações.



  • Dados da embriologia: A Embriologia diz-nos que para os mesmos estádios de desenvolvimento existem analogias entre os indivíduos. Logo, é provável que haja um ancestral comum entre eles. A partir de um padrão muito semelhante nos estados iniciais, vão-se formando estruturas características dos adultos de cada espécie. Nos indivíduos pertencentes a espécies mais complexas, esse padrão sofre, geralmente, um maior número de modificações (quanto mais complexo é o animal, mais tempo demora a adquirir a forma definitiva, partindo desse padrão comum inicial).




  • Dados da Biogeografia: A Biogeografia analisa a distribuição geográfica dos seres vivos. Esta ciência conclui que as espécies tendem a ser tanto mais semelhantes quanto maior é a sua proximidade física e, por outro lado, quanto mais isoladas, maiores são as diferenças entre si, mesmo que as condições ambientais sejam semelhantes.




  • Dados da Citologia: Pelo facto de se considerar que todos os organismos são constituídos por células, e que a célula é a sua unidade estrutural e funcional, isto remete para a ideia de que existe uma base comum para todos os seres vivos. Esta concepção de unidade funcional e estrutural entre os seres vivos, constitui, assim, uma prova fundamental a favor de uma origem comum e, consequentemente, da existência de um processo evolutivo.


Reflexão:

Segundo Darwin existe uma "luta pela sobrevivência", ou seja, todos querem chegar ao seu alimento mas só os que têm as características vantajosas, os mais aptos, é que sobrevivem. Segundo este, dentro de uma população as várias espécies apresentam diferentes características (biodiversidade intraespecífica). Assim há uma facil adaptação de certos seres vivos quando existir uma alteração de ambiente.

http://bionaturalife.blogspot.com/search/label/Teorias%20do%20Evolucionismo

2 comentários:

Anónimo disse...

Óptima informação, está muito pormenorizada e fácil de entender. Parabéns, continuem assim!

Anónimo disse...

amo paleontologia ate demais sou alucinadas pelas vestigios deixados pelos nomades e so tenho 12anos e gosto muito da classe dos autralophitecos.

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