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28 de maio de 2010

Recursos minerais


São substâncias naturais formadas por processos geológicos que, ocorrendo na crosta terrestre com uma concentração superior à média, podem ser economicamente exploráveis.

Os recursos minerais podem classificar-se em metálicos e não metálicos.


Recursos Minerais Metálicos

Recursos minerais explorados para a obtenção de um determinado elemento metálico que faz parte da sua constituição.

Sabe-se que os elementos químicos, como o ferro, cobre, prata ou ouro, se encontram distribuídos na crusta terrestre. Estes fazem parte da constituição de vários materiais em associações diversas com outros elementos.

Clarke -
é a concentração média de um elemento químico na crusta terrestre, e exprime-se em partes por milhão (ppm) ou gramas por toneladas (g/ton).

Um jazigo mineral é um local no qual um determinado elemento químico existe numa concentração muito superior ao seu clarke (concentração média), sendo por isso susceptível de exploração economicamente rentável.



Na exploração de um jazigo mineral, chama-se minério ao material que é aproveitável e que tem interesse económico, e ganga ao material sem valor económico.




Todo o material sem valor económico, ou seja, a ganga, é acumulado em escombreiras. Estas são depósitos superficiais junto ás explorações mineiras.

As escombreiras causam:

  • Elevada poluição visual;

  • Maior risco de deslocamentos de terrenos;

  • Poluição no solo e/ou ar, por poderem conter substâncias tóxicas.


Recursos Minerais Não Metálicos

Incluem areias, cascalhos, argilas e outras rochas e minerais que são utilizados na construção e em indústrias (vidro, tintas, cosméticos).

As pedras preciosas e semipreciosas, usadas na joalharia, também fazem parte deste grupos de recursos.

Normalmente não atingem preços muito elevados, com excepção das pedras preciosas.


Principais utilizações

As rochas como materiais de construção.

As rochas que afloram num país, após a extracção do meio natural, podem ser utilizadas por exemplo, na construção civil, na pavimentação, e na estatuária.O cimento que hoje se utiliza na construção civil é produzido a partir de calcários e areias.

As rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas podem ser encontradas nas mais diversas construções de monumentos no nosso país.

A Igreja e a Torre dos Clérigos, no Porto, foram construídas em “granito do Porto”.



Torre dos Clérigos, no Porto.


A Torre de Belém foi construída sobre um afloramento basáltico. A torre é constituída por calcário do Cretácico, abundante na zona ocidental de Lisboa.


Torre de Belém, em Lisboa.


Pode-se concluir então que a abundância duma dada rocha numa dada região aumenta a probabilidade dessa rocha vir a ser utilizada como material de construção.Outras rochas como mármore e brechas podem também ser utilizadas como pedra de construção em muitos monumentos.


Após a edificação dos monumentos a rocha exposta fica sujeita a uma série de factores químicos, físicos e biológicos que podem provocar a sua alteração.



Reflexão:

Podemos então concluir que os recursos minerais são concentrações naturais de materiais de natureza mineral. Estes recursos têm um longo período de formação, por vezes de milhões de anos, por esta razão, muitos deles podem esgotar-se.

http://www.exames.org/

25 de maio de 2010

Energias renováveis

Energia geotérmica

O calor interno da Terra libertado à superfície é utilizado para o aquecimento de águas que, após vaporização, movimenta turbinas onde se produz energia eléctrica.




Há dois tipos de geotermia: a de alta entalpia, em que a temperatura da agua é superior a 150ºC, sendo o calor usado para produzir energia eléctrica; e a de baixa entalpia, em que a temperatura da água é inferior a 150ºC, sendo o calor usado essencialmente no aquecimento de habitações e de água para uso doméstico ou público.


Esta energia é não poluente e renovável na medida em que a sua fonte permanece por longos períodos de tempo (uma câmara magmática pode demorar milhares de anos a arrefecer). No entanto, este tipo de energia só pode ser produzida perto de locais com elevado fluxo térmico ou elevado gradiente geotérmico.




Em Portugal produz-se energia geotérmica de alta entalpia no arquipélago dos Açores e de baixa entalpia em centros termais do território continental.





Este tipo de energia acarreta menores riscos ambientais. No entanto, também esta associada a alguns problemas, como a libertação de gases sulfurosos para a atmosfera, a contaminação da água nas proximidades das unidades de exploração, devido à natureza mineralizada dos fluidos geotérmicos residuais que são libertados, ou a ocorrência de aluimentos resultantes da utilização de grandes quantidades de fluidos.





Energia eólica

A Energia Eólica é um tipo de energia alternativa proveniente de uma fonte de energia inesgotável- o vento.

Este tipo de energia é produzido por uns aparelhos chamados moinhos de vento. Basicamente estes aparelhos são tipos de ventoinhas gigantes que quando movidas pelo vento produzem um tipo de energia a que se dá o nome de energia eólica.





A utilização da energia eólica comporta numerosas vantagens face às energias tradicionais e mesmo em comparação com outros tipos de energias renovavéis, em função do seu maior desenvolvimento.






Energia hídrica

A energia hídrica fornece 20% da energia mundialmente gasta, sendo assim a energia renovável mais utilizada em todo o Mundo.

A produção de energia hídrica é principalmente efectuada através de centrais hidroeléctricas, que estão associadas a barragens de grande ou média capacidade, que contêm a água dos rios, constituindo um reservatório de água, interrompendo o fluxo de água constante.





A água é forçada a acumular-se na barragem e posteriormente, ao abrirem-se as comportas desta, a água passa pelas turbinas e esta energia mecânica é transformada em energia eléctrica. O curso de água pode também ser obrigado, através de diques a passar pelas turbinas, fazendo com que as lâminas girem e haja produção de energia eléctrica.

Além das fontes energéticas renováveis mencionadas, outras podem ser consideradas:
  • Energia solar;

  • Biomassa;

  • Hidrogénio.




Reflexão

Com este estudo podemos ver a impotância das diferentes fontes de energia nas nossas vidas e dos problemas que envolvem a sua obtenção. Como tal devemos reduzir o seu consumo e procurar energias alternativas renováveis.


http://www.minerva.uevora.pt/

21 de maio de 2010

Criada a primeira célula viva com genoma sintético


Cientistas norte-americanos anunciaram esta quinta-feira a criação da primeira célula viva com um genoma sintético, assim como as possíveis aplicações desta descoberta: compreensão dos mecanismos da vida e produção de vacinas ou mesmo de ingredientes alimentares.

O anúncio foi feito por Craig Venter, fundador do Instituto com o mesmo nome (Estados Unidos) e co-autor da primeira sequenciação do genoma humano em 2000, noticia a Lusa.

«Este cromossoma - o elemento portador da informação genética - foi produzido a partir de quatro frascos de substâncias químicas e um sintetizador, e tudo começou com informações informáticas», afirmou.

Para o investigador, a descoberta é um «passo importante científica e filosoficamente».
«Mudou o meu ponto de vista da definição de vida e do seu funcionamento», acrescentou o investigador.




Esta descoberta pode também ser importante para desenhar algas, que podem capturar o dióxido de carbono e produzir outros tipos de hidrocarbonos, que podem ser utilizados em refinarias.

Poderá ainda permitir a criação de novas substâncias ou ingredientes alimentares, produção de vacinas e até bactérias para limpar a água.

«É uma ferramenta muito poderosa para projectar o que queremos que exista em Biologia», resumiu.

Em 2008, Vender e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido um genoma bacteriano cem por cento sintético. Para criar esta célula, foi feita uma cópia do genoma existente, o de uma bactéria (Mycoplasma mycoides), mas com sequências de ADN adicional.

Posteriormente, transplantaram o genoma sintético da bactéria para outra, denominado capricolum microplasma, conseguindo «activar» as células deste último.

Reflexão:

Este artigo despertou a nossa atenção. Esta descoberta pode aplicar-se à compreensão dos mecanismos da vida e produção de vacinas ou de ingredientes alimentares. Assim, este pode ser um dos passos cruciais para transformar este mundo num mundo melhor para muitas pessoas.

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=19667&bl=1

20 de maio de 2010

Mais de 13 mil moléculas para travar o parasita da malária

Parasita já é resistente a alguns tratamentos actuais. As terapias baseadas nuns compostos denominados artemisininas são a chave para curar os milhões de casos de malária que se produzem anualmente.



No entanto, este tratamento pode chegar a ser inútil, já que se observaram no Sudeste asiático linhagens do parasita que causa a malária resistentes a esta acção. São necessários novos fármacos contra a malária, uma doença que mata um milhão de pessoas por ano, na sua maioria crianças menores de cinco anos.


Dois estudos publicados hoje na Nature dão uma esperança neste sentido, ao descreverem a estrutura de mais de 13 mil candidatos para travar o flagelo.

Segundo o director da área de Biologia do centro de investigação espanhol, Francisco Javier Gamo, autor principal do estudo, “para se converter algum destes compostos num fármaco, seria recomendável que uma equipa de biólogos e outra de químicos, que conseguissem sintetizar a molécula, trabalhassem em conjunto”.





O investigador adiantou que, de qualquer modo, este processo levaria mais de dez anos a concluir. Gamo assegura que a iniciativa parte da politica de responsabilidade social corporativa do laboratório. “É evidente que a procura de um fármaco para a malária não tem como objectivo ganhar dinheiro, temos má reputação e seria bom se fosse a farmacêutica fosse reconhecida por encontrar um medicamento contra esta doença”, reconhece o investigador.Gamo assiná-la ainda que seria importante que o fármaco encontrado “seja absorvível por via oral, que tenha uma duração adequada e que não tenha toxicidade”.

O investigador afirma que é necessário desenvolver medicamentos contra a malária, principalmente porque já se detectaram resistências contra os fármacos recomendados. “Se não somos cuidadosos, aguentaremos uns anos mas ficaremos sem alternativas terapêuticas”, alerta Gamo.


Reflexão:

Cada vez mais se nota a evolução a um ritmo bastante surpreendente da ciência. Mais importante, é que a ciência se coloca ao serviço do homem. Esta descoberta e outras como ela, podem salvar a vida a muitas pessoas.

19 de maio de 2010

Recursos Naturais

Desde sempre, o Homem, tem vindo a precisar de retirar, da Natureza, recursos indispensáveis à sua sobrevivência.

O avanço da ciência e da tecnologia, permitiu ao Homem ter uma qualidade de vida melhor.
Mas, com a intervenção Humana, temos vindo a assistir a profundas alterações do equilíbrio natural dos ecossistemas.

Com tudo isto, é necessário fazer uma gestão sustentavel dos recursos que a Natureza nos dá. Para conseguir essa gestão, temos de defender aquilo que ainda existe para garantirmos o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio ambiente.



Recursos Naturais

Um Recurso Natural é tudo o que existe na Natureza e serve para satisfazer as necessidades da Humanidade.

Tendo em conta a sua natureza, os recursos minerais podem-se classificar como:
  • Recursos Minerais

  • Recursos Biológicos

  • Recursos Hídricos

  • Recursos Energéticos.


    Podem ainda dividir-se em Recursos Renováveis e Recursos Não Renováveis.


Recursos renováveis: possibilitam uma utilização sistemática sem risco de se esgotarem. A sua reposição ou regeneração é feita de forma contínua pela Natureza.Ex: sol, vento, calor interno da terra, ondas e marés, biomassa,...






Recursos não-renováveis: são finitos, esgotando-se a uma velocidade superior à da sua renovação.Ex: combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) e algumas rochas e minerais...




Reflexão:

Tendo em conta os conceitos de recursos renováveis e de recursos não-renováveis penso que toda a humanidade deveria reflectir acerca do seu papel relativamente ao futuro do Planeta Terra. Devemos diminuir a poluição, utilizando ao máximo os recursos renováveis em opção aos não-renováveis pois estes últimos, ao serem indispensáveis para a sociedade em geral no nosso quotidiano, estão cada vez mais próximos do seu fim.


http://www.notapositiva.com/

17 de maio de 2010

Rochas metamórficas


As rochas metamórficas constituem o núcleo de muitas cadeias montanhosas. Também existem na crosta, por baixo das rochas sedimentares.


Mineralogia das rochas metamórficas

Os minerais que se encontram na constituição das rochas são mais estáveis em ambientes semelhantes àqueles em que se encontravam quando foram formados. Se isso não acontecer, os minerais sofrem alterações.


  • Recristalização, formação de novos minerais devido à reorganização espacial das partículas constituintes dos minerais das rochas, quando fica submetida a altas pressões e temperaturas.


  • Transformação polimorfa, a composição da andaluzite, cianite e silimanite é idêntica (Al2SiO5) mas apresentam estruturas diferentes.


  • Minerais índice, a sua presença na rocha metamórfica define os limites de pressão e temperatura em que foi formada.




1. Andaluzite, forma-se em temperaturas e pressões baixas.

2. Silimanite, temperatura muito elevada.

3. Cianite, pressões muito elevadas.


Grau de Metamorfismo


A presença de certos minerais permite inferir as condições de formação das rochas, determinando-se o grau de metamorfismo.


• Baixo grau (clorite e biotite)


• Médio grau (granada, estaurolite)


• Alto grau (silimanite)






Tipos de metamorfismo

  • Metamorfismo Regional: Metamorfismo termodinâmico que afecta grandes extensões da crosta e está associado à formação de cadeias montanhosas.Rochas como ardósia, filito, micaxisto e gnaisse resultam deste tipo de metamorfismo.




  • Metamorfismo de contacto: Metamorfismo experimentado pelas rochas adjacentes a uma intrusão magmática (formando-se uma auréola de metamorfismo)O tipo de rocha encaixante, a quantidade de fluidos e temperatura são factores deste tipo de metamorfismo.Rochas como a corneana, quartzito e mármore resultam deste tipo de metamorfismo.



Textura das rochas


A textura das rochas metamórficas é determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos minerais. Um tipo de característica textural, considerada relevante para a classificação das rochas metamórficas, é a existência ou ausência de foliação (estrutura planar que resulta dum alinhamento preferencial dos minerais anteriores ao processo metamórfico).

A clivagem, a xistosidade e o bandado gnáissico são três tipos de foliação de rochas de baixo, médio e alto grau de metamorfismo, respectivamente.





Clivagem
- um tipo de foliação de rochas de baixo grau de metamorfismo; os processos metamórficos levam à orientação paralela dos minerais lamelares, como a moscovite e os minerais de argila. Este tipo de estrutura conduz ao aparecimento de planos de clivagem favoráveis à existência de fissilidade - facilidade da rocha se dividir em lâminas.


Xistosidade - característico de rochas de médio grau de metamorfismo; é uma forma de foliação desenvolvida pela orientação paralela de minerais tabulares e lamelares em rochas metamórficas de grão grosseiro (visível macroscopicamente), como os micaxistos; apresentam uma menor fissilidade comparativamente às rochas que sofrem clivagem.


Bandado gnáissico – é um tipo de foliação de rochas de alto grau de metamorfismo; tipo de foliação gerada por diferenciação em bandas por efeito de tensões dirigidas, por exemplo em certas rochas como o gnaisse.




As rochas metamórficas apresentam dois tipos principais de textura:


  • Foliada - O xisto argiloso, ardósia, filito, xisto ou micaxisto e gnaisse.




  • Não foliada - também designada granoblástica, é característica de rochas que têm origem em processos metamórficos relacionados com o metamorfismo de contacto, como por exemplo o quartzito, o mármore e as coreanas.





Reflexão: Sao rochas que surgem do metamorfismo (transformação) de outras rochas, sejam elas magmaticas, sedimentares ou mesmo metamórficas. O metamorfismo é devido, principalmente, ao calor, pressao e flúidos, e ocorre no interior da crosta terrestre. O metamorfismo pode levar a rocha a sofrer alterações apenas físicas como crescimento dos cristais, ocasionando novas texturas, ou a alterações quimicas como o surgimento de novos minerais por recombinação. Também podem ocorrer transformações físicas e quimicas em conjunto.

http://www.netxplica.com/

15 de maio de 2010

Factores de metamorfismo

O metamorfismo compreende uma série de processos que têm lugar no interior da crosta terrestre e que provocam alterações mineralógicas, químicas e estruturais nas rochas preexistentes quando sujeitas a condições físico-químicas diferentes das que as originaram.


  • Pressão/Tensão

    A tensão a que as rochas na litosfera estão sujeitas é provocada pela carga da massa rochosa suprajacente, ou seja, é um tipo de pressão que actua em todos os sentidos - pressão litostática. Este tipo de tensão faz-se sentir a partir de uma profundidade relativamente pequena, provocando deformação e diminuição de volume nas rochas, com consequente aumento da sua densidade.

    As rochas estão também sujeitas a pressões resultantes dos movimentos tectónicos. Essas forças, de natureza compressiva, distensiva ou de cisalhamento, geram uma tensão com uma orientação bem definida, designada tensão não citostática ou dirigida. Como consequência desta tensão dirigida, os minerais das rochas passam a apresentar uma disposição orientada dos seus minerais segundo planos paralelos - foliação.


  • Temperatura

    À medida que se vão afundando, as rochas vão sofrendo a influência do calor interno da Terra, do calor resultante da pressão litostática ou do calor resultante da proximidade de uma intrusão magmática.

    Quando os minerais das rochas são suficientemente aquecidos, sem, contudo, entrarem em fusão, os elementos da sua rede cristalina passam a dispor-se segundo novos arranjos. Este processo de recristalização permite, assim, a formação de novos minerais a partir de outros preexistentes e, consequentemente, a formação de novos tipos de rochas. Se para determinado valor de profundidade e de pressão a temperatura verificada ultrapassar o ponto de fusão das rochas, estas começarão a fundir, iniciando-se a transição do metamorfismo para o magmatismo.


    • Fluidos de circulação

    As alterações metamórficas que ocorrem quando as temperaturas e pressões se elevam são muito facilitadas se estiverem presentes fluidos de circulação. Estes fluidos, reagindo com os minerais que formam a rocha, podem dar origem a minerais de composição diferente, por remoção ou introdução de determinados componentes químicos, o que provoca alterações importantes ao nível da composição química e mineralógica da rocha inicial.

    Uma argila, por exemplo, contém sempre alguma quantidade de água, quer preenchendo os seus poros quer fazendo parte da estruturados seus minerais hidratados. Esta água, adquirida no decurso dos fenómenos de superfície, é libertada por desidratações sucessivas, quando a rocha entra no domínio dos processos metamórficos, passando a fazer parte da fase fluida, com importante participação nas trocas químicas verificadas entre os diversos minerais.


  • Tempo

    Os fenómenos relacionados com o metamorfismo são extremamente lentos, sendo por isso, também de considerar o tempo como um dos factores relevantes para a formação de rochas metamórficas.




Reflexão:

Podemos dizer que o metmorfismo é um processo geológico que está intimamente ligado à geodinâmica interna e que à medida que aumenta a profundidade da crusta terrestre, exercem-se tensões devido ao peso das camadas suprajacentes e aos movimentos tectónicos.


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12 de maio de 2010

Estruturas geológicas originadas por deformação: dobras e falhas


Quando se ultrapassa o limite de elasticidade das rochas estas deformam-se permanentemente e em resposta a forças compressivas formam-se dobras.




Dobra - é uma deformação em que se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. Resultam de rochas com comportamento dúctil.


Podem ser caracterizadas pelos seguintes elementos:




Classificação das dobras segundo a disposição espacial dos elementos:


Antiforma – convexidade da dobra orientada para cima;

Sinforma – convexidade da dobra orientada para baixo;

Dobras neutras – convexidade orientada na horizontal.





Em relação à idade, a dobra pode ser anticlinal se apresentar no seu núcleo as rochas mais antigas, e sinclinal se tiver no seu núcleo as rochas mais recentes.



A orientação das dobras é feita através do levantamento de dois parâmetros:
  • Direcção da dobra: ângulo entre a linha N-S e a linha de intersecção do plano dado com o plano horizontal (linha horizontal do plano ou directriz).
  • Inclinação da dobra: ângulo definido entre a linha de maior declive (pendente) da superfície planar considerada com um plano horizontal, este ângulo varia entre 0º e 90º.






Falhas

As falhas são deformações associadas a comportamentos frágeis do material geológico. Correspondem a superfícies de fractura, ao longo das quais ocorreram movimentos relativos entre os dois blocos que separam. Surgem quando o limite de plasticidade das rochas é ultrapassado e estão, muitas vezes, associadas a sismos.




Plano de falha – superfície de fractura ao longo da qual ocorreu o movimento dos blocos;

Tecto (bloco superior) – bloco que se encontra acima do plano de falha;

Muro (bloco inferior) – bloco que está situado abaixo do plano de falha;

Rejecto – distância do deslocamento relativo entre os dois blocos da falha;

Inclinação da falha – ângulo definido entre o plano da falha e um plano horizontal;

Direcção da falha – alinhamento horizontal do plano de falha.


Tipos de falhas

De acordo com o movimento relativo entre os dois blocos da falha (tecto e muro), as falhas podem ser classificadas como normais, inversas e de desligamento.



Falha normal
– Tecto desloca-se para baixo relativamente ao muro (ângulo obtuso entre o plano de falha e o plano horizontal). Este tipo de estrutura resulta da actuação de tensões distensivas;

Falha inversa –Tecto desloca-se para cima relativamente ao muro (ângulo agudo entre o plano de falha e o plano horizontal;

Falha de desligamento – O movimento pode ser lateral direito ou lateral esquerdo, se o bloco no lugar oposto da falha, relativamente ao observador, se desloca para a direita ou para a esquerda.

Reflexão:

Após este estudo podemos concluir que as dobras são curvaturas causadas por esforços de natureza tectônicas, por intrusões magnéticas ou por efeitos atectónicos. Enquanto isso as falhas são fraturas mediante as quais as rochas se deslocam, de forma a perder a sua continuidade original.


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11 de maio de 2010

Deformação das rochas

As rochas que integram a litosfera estão sujeitas a tensões, forças exercidas por unidade de área, resultantes dos movimentos tectónicos. Quando nas rochas actuam tensões, estas podem sofrer deformações que podem ser reversíveis ou elásticas, como irreversíveis ou plásticas.


Tipos de tensão

As tensões podem ser compressivas ou distensivas (ou tractivas), quando a resultante das forças actuantes é, respectivamente, convergente ou divergente. No primeiro caso as forças tendem a reduzir o volume das rochas, no segundo caso, as forças tendem a alongar as rochas.

As tensões podem também ser de cisalhamento, provocando movimentos paralelos das rochas em sentidos opostos.





Resposta à tensão


O comportamento dos materiais quando estão sujeitos a estados de tensão pode ser:

Comportamento elástico – é reversível, o material deforma mas, quando a tensão cessa, recupera a sua forma/volume iniciais e verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha não ultrapassou o seu limite de elasticidade;

Comportamento plástico – é permanente, o material fica deformado sem rotura e verifica-se quando a força aplicada sobre a rocha é superior ao seu limite de elasticidade e inferior ao limite de plasticidade.




Comportamento mecânico das rochas

Podem-se considerar dois tipos de comportamentos nas rochas:


  • Comportamento dúctil - (pressões elevadas e altas temperaturas): a rocha tende a deformar-se mas não se fractura, originando dobras como resultado das tensões a que está sujeita;

  • Comportamento frágil - (pressões baixas e temperaturas abaixo do ponto de fusão dos minerais): como os materiais, nestas circunstâncias, estão muito rígidos, a deformação pode conduzir à fractura dos blocos rochosos, originando falhas.





Reflexão:

Podemos dizer que as rochas estão sujeitas a vários processos, durante os quais se pode verificar que estes materiais experimentam profundas e complexas transformações após a sua génese, em consequência de intensos esforços que sobre elas actuam.


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10 de maio de 2010

Rochas magmáticas

As rochas magmáticas, ou ígneas, são originadas através materiais em estado de fusão que se solidificam por resfriamento, entre eles os minerais feldspatos, os óxidos metálicos, os minerais silicatos ferro-magnesianos, etc.


Tipos de rochas magmáticas:

Rochas magmáticas intrusivas ou plutónicas: como se formam no interior da crosta, são rochas que arrefecem lentamente. O granito é um exemplo, possuindo cristais bem visíveis. Esta rocha é constituída por três minerais: feldspato, mica e quartzo.


Rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas:formam-se na superfície do planeta e o seu arrefecimento é rápido. Uma destas rochas é o basalto, este apresenta uma cor escura, é compacto e muito duro.





Textura

A textura das rochas depende, essencialmente, do modo como ocorreu o arrefecimento do magma que está na sua origem. Assim, podem-se distinguir dois tipos de textura:


Textura granular ou fanerítica - Os diferentes cristais da rocha são visíveis macroscopicamente. Característica de rochas plutónicas, com arrefecimento lento do magma (granito, gabro e diorito).

Textura agranular ou afanítica - A rocha é formada, por cristais tão pequenos que não se distinguem uns dos outros macroscopicamente. Característica de rochas vulcânicas, com arrefecimento rápido do magma (basalto, riólito, andesito).


Cor

A cor da rocha está relacionada com a abundância relativa de minerais que constituem a rocha. Minerais como o quartzo ou os feldspatos potássicos, onde predominam a sílica e o alumínio, apresentam cor clara, enquanto que os minerais como a biotite ou a olivina, com elevado teor de ferro e magnésio, apresentam uma cor escura.

Rochas leucocratas - apresentam cor clara, devido à predominância de minerais claros (minerais félsicos - sílica e alumínio), como por exemplo, o granito.

Rochas melanocratas
- apresentam cor escura, devido à predominância de minerais escuros (minerais máficos - ferro e magnésio), como por exemplo, o gabro.

Rochas mesocratas
- apresentam cor intermédia sem predominância de qualquer um dos diferentes tipos de minerais, como é o caso do diorito.



Composição química e mineralógica

A caracterização das rochas é feita, sobretudo, atendendo à sua percentagem em sílica.



Reflexão:

As rochas magmáticas são agregados naturais, coerentes, de vários minerais , os quais conservam individualmente as suas propriedades, e que resultam da consolidação de magmas.
Estas podem ser classificadas de acordo com a sua composição química, a sua forma estrutural, ou a sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos da sua formação


www.infoescola.com/

9 de maio de 2010

Diferenciação magmática


Embora existam apenas três tipos fundamentais de magmas, podem encontrar-se diversas famílias de rochas magmáticas, isto porque, a partir da formação dos magmas, estes tendem a evoluir quimicamente através de um cojunto de processos, designados por diferenciação magmática.

Um dos processos envolvidos na diferenciação magmática é a cristalização fraccionada. Quando o magma arrefece, minerais diferentes cristalizam a temperaturas diferentes, numa sequência definida que depende da pressão e da composição do material fundido. A fracção cristalina separa-se do restante líquido, por diferenças de densidade ou efeito da pressão, deixando um magma residual diferente do magma original. Assim, um mesmo magma pode originar diferentes rochas.




Outra causa da diferenciação magmática é a assimilação magmática e a mistura de magmas: a assimilação ocorre devido às reacções do magma e as rochas envolventes. Se o magma se encontra a uma temperatura superior à do ponto de fusão dos minerais dessas rochas, funde-os e, ao incorporá-los, altera a sua composição. O magma pode também conservar restos sólidos de rochas (encraves), que se reconhecem após a consolidação magmática.



Assim, Norman Bowen estabeleceu uma ordem sequencial na qual se processa a formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas. Neste modelo Bowen considerou a existência de duas séries de minerais:

Série descontínua - Corresponde a minerais ferromagnesianos. A olivina é o primeiro mineral a cristalizar, ao qual se segue a piroxena, a anfíbola e, por fim, a biotite.

Série contínua - Corresponde a minerais do grupo das plagióclases. Nesta série, o balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes das plagióclases, vai-se alterando ao longo da sequência. Forma-se em primeiro lugar uma plagióclase cálcica, e por fim, uma plagióclase sódica.



No final, formam-se feldspatos potássicos, a moscovite e o quartzo, que não pertencem a nenhuma das séries anteriores.


Reflexão:
O processo de diferenciação magmática é bastente complexo. Segundo Bowen, a génese dos minerais dá-se segundo uma ordem definida, da qual resulta uma diferenciação magmática. Podemos dizer que os minerais com ponto de fusão mais elevado são os primeiros a formarem-se e seguidamente os de ponto de fusão mais baixo.


http://www.infopedia.pt/

Processos de formação de minerais


Os principais factores que influenciam a cristalização são: a temperatura, o tempo, a agitação do meio, o espaço disponível e a natureza do próprio material. A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões, que formam uma rede tridimensional que segue um modelo geométrico característico de cada espécie mineral.

A rede é constituída por unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar ou motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós correspondem às partículas elementares, as fiadas são alinhamentos de partículas e os planos reticulares são planos definidos por duas fiadas não paralelas.




Por vezes, as partículas não chegam a atingir o estado cristalino. A textura fica desordenada, designando-se a matéria, nestas condições, por textura amorfa ou vítrea.




Isomorfismo:

Verifica-se quando ocorrem variações ao nível da composição química dos minerais sem, contudo, se verificarem alterações na estrutura cristalina. Substâncias com estas características designam-se por substâncias isomorfas.

A um conjunto de minerais como estes chama-se série isomorfa ou solução sólida e os cristais constituídos designam-se por cristais de mistura, misturas sólidas ou misturas isomorfas.




Um exemplo de minerais que constituem uma série isomorfa é o das plagióclases, que são silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem intersubstituir.


Polimorfismo:


Verifica-se quando os minerais têm a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes.

O carbonato de cálcio, pode formar dois minerais diferentes, a calcite e a aragonite.



Reflexão:


Podemos dizer que os minerais são os componentes básicos das rochas e que os minerais isomorfos, embora quimicamente diferentes, apresentam a mesma estrutura interna e formas externas semelhantes.


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8 de maio de 2010

Magmatismo


As rochas magmáticas ou ígneas são as que resultam da solidificação ou cristalização de material em fusão - o magma.Apesar da grande diversidade de rochas magmáticas, os magmas que as originam podem ser de três tipos:




Magmas basálticos - os magmas basálticos são expelidos, ao longo dos riftes e dos pontos quentes, tendo-se originado a partir de rochas do manto. O magma basáltico resulta da fusão de um rocha do manto, o peridotito. Este tem uma composição próxima da do basalto, mas mais rica em minerais ferromagnesianos.

Nos pontos quentes, flúem grandes quantidades de magma basáltico. Nestas zonas ascendem plumas quentes oriundas do manto profundo, que ao subirem devido à descompressão podem originar magma que atravessa a placa litosférica.

São magmas com baixo teor em sílica (inferior a 50%), por isso com um elevado grau de fluidez. As rochas originadas a partir de erupções vulcânicas correspondem ao basalto; no caso dos magmas arrefecerem em profundidade, originam o gabro.





Magmas andesíticos - Formam-se em especial, nas zonas de subducção e relacionam-se com zonas vulcânicas. Estes têm, em geral, uma origem muito complexa.A composição deste tipo de magma depende da quantidade e da qualidade do material do fundo oceânico subductado. Este inclui água, sedimentos e uma mistura de material com origem quer na crusta oceânica quer na continental.

Se os magmas consolidarem em profundidade, originam rochas chamas dioritos; se consolidarem à superfície, formam-se rochas com o nome de andesitos.Estes magmas têm uma composição intermédia, em relação ao seu teor em sílica (teor variável entre 50% e 65%).





Magmas riolíticos - Originam-se a partir da fusão parcial das rochas constituintes da crusta continental.São magmas muito ricos em gases, porque resultam da fusão das rochas da crusta continental, ricas em água e dióxido de carbono.Estes magmas riolíticos têm um elevado teor em sílica (superior a 65%).

São magmas muito viscosos e que cristalizam, praticamente na sua totalidade, no interior da crusta terrestre, originando rochas como o granito; caso esse arrefecimento ocorra à superfície, originam-se rochas como o riólito.






Reflexão:


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