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20 de abril de 2010

Combustíveis fósseis


Os carvões e os hidrocarbonetos (betumes, petróleos e gás natural) são combustíveis fósseis pois foram originados a partir da decomposição de restos de seres que se acumularam, no passado, em determinados locais do planeta, devido às condições ambientais aí existentes. Isto porque, ao analisar estes materiais percebe-se que têm na sua constituição vestígios de plantas, concluindo-se que a matéria inicial foi, principalmente, proveniente de seres vivos fotossintéticos. Então, na combustão do carvão ou de produtos petrolíferos é utilizada a energia que foi armazenada pela fotossíntese há milhões de anos. Por isso se diz que estas substâncias são combustíveis fósseis, uma vez que representam a energia solar captada, transformada, armazenada e preservada durante milhões de anos.



Carvões

Resultaram da acumulação e posterior decomposição, em meios muito especiais que se caracterizam por condições anaeróbias e são ambientes lagunares costeiros ou meios lacustres. Podem ser:


Turfas:
Formam-se em ambientes continentais geralmente pantanosos, de difícil drenagem de água, permitindo a existência de um ambiente anaeróbio imprescindível para a degradação lenta dos restos de vegetais pelos decompositores anaeróbios.


Carvões húmicos:
Carvão resultante da acumulação de plantas que durante a incarbonização passaram por uma fase húmica. Os carvões húmicos dividem-se em carvões de cutina, constituídos por restos de folhas, esporos e pólenes, e carvões lenho-celulósicos, constituídos a partir dos tecidos lenhosos e celulose. Os mais importantes destes tipos de carvões são a turfa, o lignite, carvões betominosos e o antracite.





Hidrocarbonetos

Os hidrocarbonetos podem apresentar-se no estado sólido (betumes), líquido (petróleo) e gasoso (gás natural).


Petróleo:
já foi considerado uma rocha sedimentar biogénica, embora, actualmente, não seja classificado como tal. Forma-se a partir de matéria orgânica de origem aquática, em especial organismos microscópios.






A morte dos organismos aquáticos leva à deposição da matéria orgânica no fundo de um ambiente sedimentar onde sofre decomposição parcial, pelo facto de o ambiente ser anaeróbio ou do ambiente ser rapidamente coberto por sedimentos. A continuação da sedimentação leva ao afundimento da matéria orgânica que é sujeita ao aumento da temperatura e da pressão. Ao longo do tempo, as propriedades físicas e quimicas da matéria orgânica vão sendo alteradas e esta é convertida em hidrocarbonetos liquidos, como o petróleo, e alguns gasosos, como o gás natural.


A evolução descrita ocorre na rocha-mãe que é uma rocha de granulometria fina. A baixa densidade dos hidrocarbonetos faz com que migrem da rocha-mãe, acumulando-se numa rocha-armazém que é porosa permeável, argilosa ou salina, que impede a migração do petróleo até à superficie, mas não o consegue acumular, designando-se rocha-cobertura.





Armadilhas petrolíferas: são estruturas geológicas favoráveis à acumulação de petróleo, que impedem a sua migração até à superficie. Assim, o petróleo não é perdido e pode ser explorado de forma rentável. As armadilhas petroliferas podem ser estruturais ou estratigráficas. As primeiras são o resultado de movimentos de origem tectónica, como dobras ou falhas.




Reflexão:

Os combustíveis fósseis são considerados como uma fonte de energia não renovável, bastante poluidora para o meio ambiente. O impacto dos combustíveis fósseis no ambiente é prejudicial. A sua queima origina produtos de combustão, que poluem o ar anível local e regional, entre os quais o dióxido de carbono, que contribui para o efeito de estufa a nível global, o qual está na origem das alterações climáticas. Deste modo, devem ser tomadas medidas e desenvolvidas novas tecnologias, que se baseiem nas energias renováveis, tudo isto, deve ser acompanhado de uma mudança de mentalidade de todos.


http://www.netexplica.com/


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