As rochas sedimentares são, normalmente, estratificadas e contêm a maioria dos fósseis. A estratificação reflecte as alterações que ocorreram na Terra. O estudo dos sedimentos e das rochas sedimentares permite-nos fazer a datação de muitas formações e reconstruir os ambientes antigos ou paleoambientes em que a génese dessas rochas ocorreu.Nas juntas de estratificação, ocorrem frequentemente marcas que testemunham a existência de pausas ou de interrupções na sedimentação:
Marcas de ondulação (ripple marks): as marcas de ondulação que se observam em praias actuais aparecem preservadas em alguns arenitos antigos, dando-nos informação sobre o ambiente sedimentar em que a rocha se gerou, sobre a posição original das camadas e sobre a direcção das correntes que as produziram.
Fendas de dessecação ou fendas de retracção: estas fendas, que frequentemente se observam em terrenos argilosos actuais, aparecem muitas vezes conservadas em rochas antigas.
Marcas das gotas da chuva: muitas vezes patentes em rochas antigas, com aspecto idêntico ao que acontece na actualidade.
Pegadas, pistas de reptação, fezes fossilizadas: fornecem informações sobre ambientes sedimentares do passado e sobre hábitos dos animais, tipos de alimentação, etc.
Todas estas características tornam as rochas sedimentares fundamentais na reconstituição da História da Terra, aplicando o princípio das causas actuais ou princípio do actualismo.
Segundo este princípio pode-se explicar o passado a partir do que se observa actualmente, ou seja, as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos no presente.
Reflexão:
Podemos dizer que as rochas sedimentares, são arquivos extraordinários onde está registada uma imensidão de informações. Conclui-se, então, que a partir dos estratos ficamos a conhecer a história da Terra e da vida.
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1 comentários:
Um local onde podemos observar fosseis de pegadas de dinossauros é na Pedreira do Galinha na Serra de Aire.
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