Há mais de 24 séculos, os seres vivos foram classificados por Aristóteles e por Teofrasto, em dois Reinos: Reino Animal e Reino Vegetal.
Devido ao facto de este tipo de classificação levantar alguns problemas acerca da posição taxonómica de certos organismos, começaram a surgir novas formas de agrupar os seres vivos.
Da classificação em dois reinos evoluiu-se para as classificações em três, quatro e cinco reinos.
Da classificação em dois reinos evoluiu-se para as classificações em três, quatro e cinco reinos.
- Século XIX – Haeckel propõe a existência de 3 Reinos: Protista, Plantae e Animalia.
- Século XX – Copeland propõe a existência de 4 Reinos: Monera, Protista, Plantae e Animalia.
- 1968 – Whittaker propõe a existência de 5 Reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
- 1979 – Whittaker apresenta uma versão modificada do seu sistema de cinco reinos (o Reino Protista, por exemplo, passou também a incluir fungos flagelados, algas unicelulares e multicelulares).
Critérios de Whittaker
Critérios em que se baseia o sistema de classificação de Whittaker em cinco reinos:
- Organização estrutural;
- Tipo de nutrição;
- Interacções nos ecossistemas.
Organização estrutural
- Célula eucariótica ou procariótica;
- Unicelularidade ou multicelularidade.
- Monera – seres procariontes unicelulares;
- Protista – seres eucariontes unicelulares;
- Plantae, fungi e Animalia – seres eucariontes multicelulares.
Interacções nos ecossistemas
- Monera - Produtores e microconsumidores;
- Protista - Produtores, macroconsumidores e microconsumidores;
- Fungi - Microconsumidores;
- Plantae - Produtores;
- Animalia - Macroconsumidores.
Interacções alimentares
- Produtores – seres autotróficos (plantas)
- Macroconsumidores – seres heterotróficos que ingerem alimento (animais e alguns protistas).
- Microconsumidores – seres heterotróficos que decompõem matéria orgânica e absorvem produtos (bactérias e fungos).
Numa versão modificada, em 1979, Whittaker passou a incluir no reino protista seres eucariontes unicelulares e alguns seres multicelulares de reduzida diferenciação.
A classificação de Whittaker é uma classificação ecológica e não filogenética.
Conclui-se que a classificação de organismos é um processo contínuo gradual e susceptível a mudanças. É importante perceber que definir as categorias mais elevadas da classificação (domínios e reinos da vida) é um trabalho em progresso. Devemos, contudo, considerar os grupos taxonómicos e árvores filogenéticas "hipóteses" em que são usados dados disponíveis para traçar a história da vida.
http://www.notapositiva.com/resumos/biologia/sistclassific.htm
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