As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica causada pelo mar.
Importância das dunas litorais:
- Impedem, naturalmente, o avanço das águas do mar para o interior dos continentes. Constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.
Abrasão marinha: Erosão provocada pelo constante rebentamento das ondas, carregadas de partículas contra as rochas, funcionando como verdadeiras lixas.
Consequências da abrasão marinha:
- Modelação de formas como as cavernas, os leixões, os arcos litorais e as plataformas de abrasão (superfície aplanada e irregular situada na base da arriba, entre marés, onde se depositam detritos rochosos caídas da arriba).
Formas de deposição:
Os materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios vão-se depositar originando as praias, restingas, ilhas-barreiras ou tômbolos. Nas praias com acumulações predominantemente de areias de grão fino e grosso, o movimento oscilatório das ondas marinhas provoca como que ondulação dos materiais arenosos. As praias são constituídas por acumulação de materiais transportados pelo mar, resultando de uma interacção entre a litologia, a forma da costa e a dinâmica das ondas.
Podemos ainda observar as dunas litorais nas praias, resultantes da acumulação de sedimentos de variados tamanhos e formas. As dunas são um elemento importante pois impedem o avanço do mar para o interior e constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.
Evolução do litoral:
A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.
Causas naturais:
- Alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;
- Alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);
- Deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.
Causas antrópicas:
- O excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;
- Construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;
- Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;
- Destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extracção de inertes, entre outros.
A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.
Medidas de protecção:
- Construção de estruturas transversais (esporões) ou paralelas à linha de costa (paredões);
- Outras obras de engenharia comuns são os quebra-mares, molhes e enrocamentos. Para além de dispendiosas revelam-se. Em regra, perigosas e nefastas para o litoral;
- Alimentação artificial em sedimentos em determinadas praias;
- Embora cara, é uma solução mais económica e menos agressiva do que as obras de engenharia.
Ordenamento do litoral:
Em Portugal têm sido implementados planos de ordenamento da orla costeira de forma a diminuir o risco de perdas humanas e materiais. A costa algarvia e a costa do Norte são as zonas mais preocupantes.
A situação da costa portuguesa é preocupante, nomeadamente no Algarve e no Norte de Portugal. O nosso país tem das melhores legislações a nível de combate aos problemas de ocupação antrópica. No entanto, os interesses sobrepõem-se a qualidade ambiental das regiões.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_costeira
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