Definição:
Os fungos são um vasto grupo de organismos heterotróficos. Estão incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras.
O Reino Fungi sofreu mudanças substanciais no arranjo dos vários filos nas últimas décadas, especialmente a partir do momento em que técnicas para comparar características bioquímicas (tais como RNA ribossómico e DNA) se foram tornando mais sofisticadas. A filogenia reconhece quatro divisões: os Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota.
Os fungos existem em todos os ambientes do planeta e incluem importantes decompositores e parasitas. Os fungos parasitas infectam animais (incluindo humanos) e plantas. A grande maioria das plantas vasculares tem associações simbióticas com fungos, a nível da raiz, ao que se dá o nome de micorrizas. Esta associação ajuda as raízes na absorção de água e nutrientes.
Constituição:
Os fungos geralmente possuem paredes celulares de quitina. Também possuem um corpo vegetativo chamado talo ou soma que é composto de finos filamentos unicelulares chamados hifas. Estas hifas geralmente formam uma rede microscópica junto ao substrato (fonte de alimento), chamada micélio, por onde o alimento é absorvido. Normalmente, a parte mais importante de um fungo são os esporângios (as estruturas reprodutivas que produzem os esporos). Os micélios dos fungos são tipicamente haplóides.
As hifas podem ser septadas (quando possuem septos a dividi-las) ou asseptadas (quando não possuem septos). Podem também ser modificadas para produzir estruturas celulares altamente especializadas. Alguns fungos reverteram de miceliais para organização unicelular. É o caso das leveduras, que pertencem aos Ascomycetes.
Na nossa aula de laboratório: realizamos experiências para tentarmos observar diversas estratégias de reprodução assexuada em alguns organismos.
Em primeiro lugar, utilizamos as leveduras:
Com a ampliação de 400X, observamos inúmeras gemulações.
Depois, vimos o bolor da laranja: conseguimos observar fungos (penicillium) com as hifas septadas e com exósporos.
Por fim, vimos o bolor do pão. Este fungo (Rhizopus nigricans), é constituído por hifas asseptadas e estas têm endósporos.
Reprodução Assexuada/Conclusão
- Após a observação das células ao microscópico óptico, pode-se verificar que as leveduras para se reproduzirem utilizam a gemulação ou a gemiparidade. A gemulação ocorre em seres unicelulares (leveduras, que são fungos e têm funções unicelulares) e em seres pluricelulares. Este processo da reprodução assexuada ocorre quando, na superfície da célula ou do indivíduo, se forma uma dilatação denominada por gomo ou gema, que dá origem a um novo organismo, geralmente de menor tamanho, após um processo de crescimento e separação.
Assim, as leveduras reproduzem-se assexuadamente, pois neste tipo de reprodução o progenitor é um único individuo, que transmite cópias de todos os seus genes à geração seguinte. Um descendente é denominado por clone, devido às suas características (o tipo de descendência é geneticamente igual entre si e geneticamente igual ao progenitor). Logo, o processo envolvido na formação de novos organitos é a mitose. - Por outro lado, o fungo do bolor do pão e do bolor da laranja reproduzem-se assexuadamente por esporulação. Durante a esporulação, existe uma formação de células reprodutoras especiais, denominadas de esporos, que se desenvolvem a partir de um esporângio (este pode ser uni ou pluricelular). Esta produção de esporos é muito pouco frequente nos animais, acontecendo o contrário nas plantas. Muitos esporos são imóveis, outros possuem estruturas que lhes permitem movimentar-se (são os zoopóros). Estes são, frequentemente, protegidos por uma parede espessa, que lhes permite resistir a condições ambientais desfavoráveis, constituindo um meio excelente de dispersão geográfica.
Após observarmos o fungo do bolor do pão e o fungo do bolor da fruta ao microscópio, concluímos que os seus esporos possuem denominações diferentes.
Assim, o processo de formação de esporos, a partir dos esporângios, pode ser:
- Endogenético, no caso do fungo Rhizopus nigricans;
- Exogenético, no caso do fungo penicillium.
Na produção de esporos, pelo processo endogenético, cada esporo desenvolve uma membrana de células própria, não havendo aproveitamento da membrana da célula mãe. Os esporos que se formam no interior dos esporângios denominam-se endósporos.
No caso do processo exogenético, a célula mãe liberta os esporos por um processo de estrangulamento, em que a membrana que envolve os esporos forma-se como aproveitamento da membrana do esporângio. Os esporos que se formam no exterior do esporângio têm o nome de exósporos.
Reflexão:
Neste trabalho sobre a Reprodução Assexuada concluímos que esta é uma reprodução sem gâmetas e sem fecundação, existindo apenas um único progenitor. Este tipo de reprodução tem a vantagem de se reproduzirem muito rapidamente.
Concluímos que os fungos podem-se reproduzir assexuadamente por esporulação, ou seja, a germinação dos esporos, dando origem a novos indivíduos. As leveduras podem-se reproduzir assexuadamente por gemulação, ou seja, multiplicação das leveduras (formando um pequeno gomo), dando origem a novos indivíduos.
http://eveh.tripod.com/fungos.html
0 comentários:
Enviar um comentário